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Conversei com a Ameca, robô humanoide exibida na CES 2022

Ameca é uma robô humanoide que esteve em exibição na CES 2022, feira de eletrônicos que se encerrou na sexta-feira (7). Estive presencialmente em Las Vegas e conversei com a robô, que chama a atenção pela sua capacidade de resposta e gestos. Desenvolvida pela startup britânica Engineered Arts, ela combina inteligência artificial e machine learning para interagir de forma natural com qualquer pessoa que fale inglês — o que chega a ser um pouco assustador.

Meu primeiro impulso foi pedir que ela contasse uma piada. Em relação a esse tipo de interação, Ameca funciona de forma similar a assistentes virtuais como Alexa e Siri, por exemplo. O que mais impressiona é, na verdade, a sua capacidade de identificação visual e até mesmo memória. Ela pode dizer a cor da roupa de quem está na sua frente, ou identificar se há muita ou pouca gente por ali. Ameca também percebe que está ouvindo música sem que seja necessário um estímulo.

Assustador foi quando ela, de forma espontânea, comentou sobre as roupas de três pessoas que passavam por ali. Eu havia perguntado se ela sabia onde estava, e a resposta foi “sim, mas quem são aqueles homens com jaquetas brilhantes?”. Após alguns minutos e várias perguntas sobre outros assuntos, as mesmas pessoas voltaram, e ela disse “ali estão os homens com jaquetas brilhantes novamente”.

Seu funcionamento é permitido por IA e aprendizado de máquina, mas as interações são possíveis devido a microfones instalados em seus ouvidos, câmeras em seus olhos e um alto-falante em seu peito. O interior do seu corpo é recheado de fios e circuitos, remetendo a filmes futurísticos que pareciam distantes da realidade há alguns anos.

Quando a questionei sobre temas do nosso dia a dia, ela respondeu que poderia encontrar a resposta se estivesse conectada à internet, o que não era o caso. Ela não soube, por exemplo, dizer quem é o presidente dos Estados Unidos. Falar outros idiomas também não é possível, ao menos por enquanto. No caso de português e espanhol, Ameca responde que poderia aprender, mas foi programada para se comunicar em inglês durante a CES.

De acordo com Marcus Hold, diretor de produto na Engineered Arts, a robô foi desenvolvida como uma plataforma para tecnologias de IA. “Digamos que você tem um software fantástico e quer mostrar de uma forma convincente, fazer melhorias e pesquisa com isso. Ameca dá um corpo artificial expressivo para inserir inteligência artificial.”

Por se tratar de um protótipo, Ameca não é capaz de andar ou realizar tarefas físicas. Ainda assim, os gestos e movimentos das mãos impressionam, ainda que suas expressões faciais possam deixar a desejar.

Sobre uma eventual conexão da Ameca com a internet, Marcus afirma que seria possível acessar a rede e utilizar serviços como o Google. Segundo ele, a plataforma permite a integração com qualquer tipo de software ou API, por exemplo.

Ameca ainda não se conecta à internet, mas integração seria possível — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

Ameca ainda não se conecta à internet, mas integração seria possível — Foto: Rubens Achilles/TechTudo

O uso de inteligência artificial e machine learning em robôs não é novidade. Softwares como Alexa e Siri já fazem pesquisas e dão respostas cada vez mais naturais em diversos idiomas. Algumas grandes empresas de tecnologia também já têm projetos ousados no campo da robótica.

A Samsung, por exemplo, demonstrou na CES um conceito futurístico com três robôs que operam em conjunto: você pode dizer ao Sebastian, o assistente, para que ele peça uma pizza, acione seu robô-aspirador e instrua o Bot Handy, robô com mão mecânica, a arrumar a mesa da sala.

Fonte: Techtudo

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